sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O Período Regencial

O primeiro Reinado foi um período de transição, com os portugueses mantendo controle sobre as decisões políticas brasileiras, apoiados no absolutismo do imperador. Tal situação era insustentável, tendendo a se resolver ou pela volta do colonialismo ou pela consolidação definitiva da independência política nacional. A revolta de 7 de abril de 1831 consolidou a segunda alternativa.

  • Situação política durante as regências: Até 1834, três grupos políticos disputavam o poder: o dos restauradores, que defendia a volta de Pedro I; o dos moderados, que se preocupava em manter a unidade territorial do País e um regime centralizado; o dos liberais, que defendia maior autonomia administrativa para as províncias.A partir de 1834, a cena política foi conquistada pelos progressistas (aceitavan conceder autonomia para as províncias) e pelos regressistas (defendiam um governo forte e centralizado e eram contrários à liberdade administrativa para as províncias).
  • Período regencial: Após a abolição de D.Pedro I e enquanto Pedro de Alcântara não atingiu a maioridade, o Brasil foi governado por regentes.O período regencial compreendeu três etapas: Regência Trina Provisória, Regência Trina Permanente e Regência Una.
  • Regência Trina Provisória (1831): Governou, aproximadamente, três meses.Sua principal medida foi convocar os políticos para que se elegessem, em Assembléia Geral, a Regência Permanente.
  • Regência Trina Permanente (1831-1834): Representava o grupo dos moderados. O padre Feijó, no cargo de Ministro da Justiça, destacou-se nesse período. No final desta Regência, foi aprovado o Ato Adicional, introduzindo importantes modificações na Constituição do Império.
  • Regência de Feijó (1835-1837): Com base no Ato Adicional, foi criada a Regência Una e o padre Feijó tornou-se regente. No período desse governo explodiram diversas rebeliões nas Províncias e o padre sofreu grande oposição dos regressistas, sendo obrigado a renunciar.
  • Regência de Araújo Lima (1837-1840): Araújo Lima organizou um Ministério que ficou conhecido como o Ministério das Capacidades,composto somente de políticos regressistas. Durante sua Regência, a autonomia administrativa das Províncias, concedidade pelo Ato Adicional de 1834, foi reformulada pela Lei Interpretativa de 1840.
  • Situação econômica do Período: O País enfrentava séria crise econômica, na medida em que seus produtos de exportação caíam de preço no mercado internacional. A balança comercial entrou em desequilíbrio crônico. O déficit foi contornado por empréstimos que nao eliminaram as cuasas do problema. A crise contribuiu para gerar focos de descontentamento em várias regiões do País. Nas Províncias, explodiram rebeliões que a classe dominante buscou rechaçar a qualquer custo.
  • A Cabanagem (1835-1840): Foi uma revolta popular ocorrida na Província do Pará e da qual participou uma extensa multidão de pessoas humildes. Tratava-se de cabanos, isto é, pessoas que moravam em cabanas, à beira dos rios, em estado de miséria. Os cabanos conseguiram ocupar a capital da Província, tomando de forma efetiva o poder local, em 1840, foram duramente derrotados pelas tropas governamentais.
  • A Revolução Farroupilha (1835-1845): Também conhecida como  Guerra dos Farrapos, foi a mais longa revolta do período regencial e teve como palco a Província do Rio Grande do Sul. Entre seus principais líderes, destacaram-se Bento Gonçalves, Davi Canabarro e José Garibaldi. No decorrer das batalhas, os farroupilhas, conseguiram diversas vitórias sobre as tropas imperiais e, com isso, expandiram os seus domínios, fundando a República Rio-Grandense, em1836, e a República Juliana, em1839.
  • A Sabinada (1837-1838): Foi uma revolta ocorrida na Província da Bahia. Teve como principal líder o médico Francisco Sabino. O plano dos sabinos era proclamar uma República na Bahia , que duraria enquanto Pedro de Alcântara fosse menor e estivesse impossibilitado de assumir o poder. Os sabinos não tinham pretenções de alterar o quadro social existente na Bahia. Buscavam, apenas, garantir a sua autonomia política e administrativa. Diante da pressão das tropas governamentais, renderam-se em março de 1838.
  • A Balaiada(1838-1841): Foi uma revolta popular ocorrida na Província do Maranhão. Envolveu um grande número de sertanejos. Teve início com uma luta que envolveu pessoas de dois grupos políticos opostos: o bem-te-vis, que defendiam oposições liberais e os cabanos que defendiam posições conservadoras. Depois alastrou-se pelo sertão da Província, tomando rumos próprios, desordenados e sem o controle de nenhum grupo político unificado. Seus principais chefes foram Manuel dos Anjos, um fazedor de balaios, Cosme Bento, líder dos escravos fugitivos, e Raimundo Gomes, um vaqueiro.


CRONOLOGIA
1831- Abdicação de D.Pedro I.
A Regência Trina Provisória assume o poder até junho desse ano.A partir dessa data, o governo é transferido para a Regência Trina Permanente
1832- O Ministro da Justiça, padre Feijó, renuncia o cargo.
1834-  D. Pedro I morre em Portugal.
É aprovado o Ato Adicional, introduzindo modificações na Contituição do Império.
1835- Tem início a Regência Una do Padre Feijó.
No Pará, explode a Cabanagem; no Sul, a Farroupilha.
1837- O  Regente Feijó renuncia o cargo.
Tem início a Regência Una de Araújo Lima
Na Bahia explode a Sabinada.
1838- A Balaiada tem início no Maranhão.
1840- Termina o Período Regencial, com a decretação de maioridade de D.Pedro II.
É aprovada a lei interpretativa do Ato Adicional limitando a autonomia das Províncias. 



PADRE FEIJÓ







 > Sugestões de Livros <


  • COSTA. Emili Viotti da. Da monarquia à república: momentos decisivos.
  • PRADO JUNIOR, Calio. Evolução Política do Brasil e outros estudos.
  • BEIGUELMAN, Paula. Formação política do Brasil.

Um comentário:

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